em dias de greve corajosa dos enfermeiros, penso na situação dos professores, muitos com vinte anos de serviço e altamente desmotivados. mudou tudo vinte anos depois: mais papel, mais burocracia, mudança constante de programas, critérios, metodologias, mais facilitismo, mais defesa do sucesso educativo acima de tudo ( das reais capacidades dos alunos), menos retenções ( vulgo chumbos), maior desautorização do professor que tem de acatar indisciplina a rodos e olhar para o lado como se nada fosse. que alunos e pessoas serão no futuro estes do "sucesso educativo" , ó jovem professor?

saberão conjugar um verbo, escrever um relatório, fazer analogia entre " o sal não salga ou a terra não se quer salgar" de Vieira e a atualidade, aplicar a regra de 3 simples da Matemática em situações do quotidiano, ao mesmo tempo que sabem ler uma notícia ou pesquisar sem fazer "copypaste"  para um trabalho, memorizar a tabela periódica? dar-lhe-emos , depois do "sucesso relativo educativo" novas oportunidades como há dez anos atrás ? ou passarão com equivalências sem nada saberem?

pensa bem, ó jovem professor, se não valerá mais a investigação ou a ida como Leitor para o estrangeiro do que a docência portuguesa ?

flexibilize-se tudo, menos o Saber e mantenha-se o nível de Conhecimento. 

aos jovens professores e jovens psicólogos 

@mmalheiro

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esta semana , no meio de notícias  sobre economia, política, violência doméstica, corrupção, houve uma apenas que me captou total atenção - a do cidadão anónimo que pagou o alojamento de 70 mendigos de Chicago, num hotel. Haver bons samaritanos já é raro. Não tirou uma selfie quando decidiu agir pelo bem dos outros nem abriu um banco do tempo. Portanto, aqui fica, dedicado ao anónimo de Chicago, uma música para aquecer a alma.

@mmalheiro

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