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http://jazzística.blogs.sapo.pt

Blog de poesia , música e olhares de Marina Malheiro, aprendiz de poesia

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#Do tempo congelado - feat. Jesus Christ Superstar ( versão original)

21.01.18 | marina malheiro

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on my window, 1930, (fotógrafa olive cotton) via Pinterest

[ muitas vezes queremos suspender o tempo quando estamos felizes; aquele tipo de felicidade única que é a de trazer um novo ser ao mundo e acompanhar o seu belo caminho. 

no entanto, quando a tristeza inesperada nos bate cá dentro, o tempo suspende-se em nós, de forma tão lenta, tão cinzenta, que procuramos nos sonhos quem nos deixou. o telefone já não toca.]

@mmalheir

 

ENDYMION- Keats ( a A.C.)

12.01.18 | marina malheiro

O que é belo há de ser eternamente
Uma alegria, e há de seguir presente.
Não morre; onde quer que a vida breve
Nos leve, há de nos dar um sono leve,
Cheio de sonhos e de calmo alento.
Assim, cabe tecer cada momento
Nessa grinalda que nos entretece
À terra, apesar da pouca messe
De nobres naturezas, das agruras,
Das nossas tristes aflições escuras,
Das duras dores. Sim, ainda que rara,
Alguma forma de beleza aclara
As névoas da alma. O sol e a lua estão
Luzindo e há sempre uma árvore onde vão
Sombrear-se as ovelhas; cravos, cachos
De uvas num mundo verde; riachos
Que refrescam, e o bálsamo da aragem
Que ameniza o calor; musgo, folhagem,
Campos, aromas, flores, grãos, sementes,
E a grandeza do fim que aos imponentes
Mortos pensamos recobrir de glória,
E os contos encantados na memória:
Fonte sem fim dessa imortal bebida
Que vem do céus e alenta a nossa vida.

Keats.

ao meu pai 

"O que é belo há de ser eternamente
Uma alegria, e há de seguir presente"

@mmalheiro

# Perder

08.01.18 | marina malheiro

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Pina Bausch

# nada nos prepara para perder os nossos entes queridos. nada. nem palavras avulso.

nada nos prepara para as noites em que a saudade nos dói no corpo e não sabemos o que fazer.

 

ao meu pai, aires carreiras

 

@mmalheiro

 

#Dos dias minimalistas

02.01.18 | marina malheiro

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Hans Hofmann (American, German-born; Modernism, Abstract Expressionism; 1880–1966): The Third Hand, 1947.
 
2018.
a escrita tornou-se minimalista como os dias.
congelar os momentos só é possível com a palavra escrita, filmada ou fotografada mas, talvez, baste uma palavra, um traço fino pelos dias, agora que nasceste.
é o que faz sentido. 
guardá-la cá dentro.
 
o Jazzística será durante os próximos meses um blog quase em modo " twitter".
 
Um bom ano para todos os que ( ainda) lêem este blog. ! Carpe Diem!
 
@mmalheiro