Hiroshi Matsumoto ( all rights reserved)
sempre me fez extrema impressão aqueles que não verbalizam a dor, a sua , ou como dizia Pessoa, a que "leem nos outros". essa frieza incalculável diante da morte, da doença e das agruras dos outros nunca me pareceu normal.
numa "era do vazio" como a que vivemos quando um político está de tal forma "esmagado" pela tragédia que ocorreu no país, denominada por alguns como uma "autêntica guerra " de sul para norte, revelando um país incapaz de lutar contra alterações climáticas, mão humana incendiária e ausência de comunicações, e não verbaliza de forma histeriónica, apercebemo-nos que o sillêncio também é importante.
isto por oposição a outro político, claramente vencedor das "massas" e que abraça todos, incansavelmente.
onde fica, então, o meio-termo entre a ausência da verbalização e o excesso da mesma?
talvez no estar, em silêncio, nos momentos-chave: um abraço tem mil palavras dentro.
a todos as vítimas dos incêndios de 15 de outubro
aos familiares das vítimas
a todos os que ficaram despojados dos seus bens e do seu trabalho
a Tábua, terra da minha avó
@mmalheiro