Traje de Lavradeira, Viana do Castelo, Minho
Dias de extrema relatividade de caminhos : se uns se preocupam com a tomada de posse de um magnata que não tem a noção do que é a democracia e o Estado, outros preocupam-se com contratos de trabalho definitivos, sem termo certo. É o caso dos professores que incorporam em si, claramente, o mito de Sísifo:
-todos os anos na subida para mais um posto de trabalho, mais uma escola a kms de casa, com contratos precários de meses, ou de um ano completo. Deparo-me agora com colegas que substituem outros semanalmente.
Algo está muito errado, muito errado na legislação da contratação de professores.
No momento em que tanto Fenprof como Fne recusaram esta nova proposta de vinculação extraordinária de professores que deixa de fora milhares de professores com 10 anos ou mais de serviço: professores que tiveram o azar de não ter horários anuais completos, professores que terminaram contratos em vésperas de Natal ( com ceias muito amargas) em tempos de Bolsas de Contratação de Escola, que lecionaram à noite com filhos de berço, que cumpriram o dever em prol do "é pelo sonho que vamos" de Sebastião da Gama, cumpre repensar e justamente, de acordo com a Lei Geral do Trabalho e de acordo com o que legisla a Comissão Europeia, abrir lugares de quadro a partir dos 3 anos de serviço como qualquer funcionário público.
Marina Malheiro, professora contratada em pleno 18º ano de contratação.
@mmalheiro