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http://jazzística.blogs.sapo.pt

Blog de poesia , música e olhares de Marina Malheiro, aprendiz de poesia

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Blog de poesia , música e olhares de Marina Malheiro, aprendiz de poesia

Nova Iorque & Easy Rider

30.05.11 | marina malheiro

 " (...) Não era Monte Carlo que eu via. Era a recordação longínqua de um jovem que andara pelas ruas de Nova Iorque com remendos de cartão nas solas dos sapatos. Tornei a ser ele: por um instante, tive a sorte de compartilhar os seus sonhos, eu que já não tinha sonhos próprios. E ainda hoje há ocasiões em que lhe caio em cima, em que o apanho de surpresa numa manhã de Outono em Nova Iorque, ou numa noite de Primavera na Carolina, quando está tudo tão tranquilo que se pode ouvir um cão que ladra na aldeia vizinha. Mas nunca mais voltou a ser como durante esse espaço tão breve em que ele e eu fomos a mesma pessoa, em que o futuro realizado e o passado ansioso se fundiram num só momento maravilhoso, em que a vida era literalmente um sonho. (...)

 

F. Scott Fitzgerald, "Adormecer e despertar" in The Crack up, Quetzal, Março de 2011 , p. 86

 

 

 

Foto Dennis Hopper (Nova Iorque), 1961

 

Um ano após a morte do "easy rider"

 

 

@marinamalheiro20110530

Comment 1#- A Gil Scott- Heron

28.05.11 | marina malheiro

 

Comment 1# , Gil Scott- Heron,

 

"The time is in the street you know. Us living as we do upside down. And the new word to have is revolution. People don't even want to hear the preacher spill or spiel because God's whole card has been thoroughly piqued. And America is now blood and tears instead of milk and honey. The youngsters who were programmed to continue fucking up woke up one night digging Paul Revere and Nat Turner as the good guys. America stripped for bed and we had not all yet closed our eyes. The signs of Truth were tattooed across our open ended vagina. We learned to our amazement untold tale of scandal. Two long centuries buried in the musty vault, hosed down daily with a gagging perfume. (...)"

 

Gil Scott Heron faleceu ontem, vítima de doença. Foi poeta, compositor e músico. Conhecido por divulgar a "arte de dizer" nos anos 70 e 80.

A sua música reflecte a fusão do blues,  da soul e do jazz. As suas letras, como é o caso da que coloco acima, expressam as suas preocupações políticas e sociais. Em 2010 editou o último álbum "I'm new here".

Como toda a discografia deste músico é muito interessante e rica em melodia e mensagem política, tornou-se difícil encontrar a melhor.

No dia em que 500 pessoas se manifestaram contra o FMI e em prol da liberdade política, independente da Economia, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, e em que algumas se concentram há dias acampados no Rossio, tal como em Espanha (Madrid), esta música " dita" de Heron pareceu-me a mais adequada ao momento e à homenagem.

 

Fica aqui o link da sua página na Internet

 

@marinamalheiro

 

Utopia

27.05.11 | marina malheiro

 

 

 

 

in Stars and Constellations (Via Facebook)- Via Láctea/ Foto de Doug Klembara ( todos os direitos reservados)

 

 

Zeca Afonso, Utopia in Como se fora seu filho, 1983

 

Ouvindo Zeca Afonso na Via Láctea:

" Cidade sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
Gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo, mas irmão
Capital da alegria (...)
 

Aos que acreditam na Utopia , na liberdade e na democracia mesmo no tempo dos valores ausentes.

A Zeca Afonso

 

@marinamalheiro

20110527

Roda Viva

26.05.11 | marina malheiro
Chico Buarque, Roda Viva , Álbum O Político
" Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração (...) "
Chico Buarque

Le cinématographe

22.05.11 | marina malheiro

 

"Model Adriana Karembo on the red carpet at the screening of "Beaver." (REUTERS)

 

Via www.sapo.pt ( Cannes)

 

 

 

Boris Vian , Le cinématographe, 1954 

 

Na noite em que se anunciou o vencedor do Festival de Cannes, "The Tree of life" e se encontra a música perfeita na espuma dos dias.

 

"Quand j'avais six ans, la première fois
Que papa m'emm'na au cinéma
Moi je trouvais ça
Plus palpitant que n'importe quoi
Y avait sur l'écran des drôl's de gars
Des moustachus des fiers à bras
Des qui s'entretuent
Chaqu' fois qu'i trouvent
Un cheveu dans l'plat !
Un piano jouait des choses d'atmosphère
Guillaum' Tell ou l'grand air du Trouvère
Et tout le public en frémissant
S'passionnait pour ces braves gens
Ça coûtait pas cher
On en avait pour ses trois francs (...)"

 

Boris Vian/ Jimmy Walter

 

 

Partitura

22.05.11 | marina malheiro

 

Foto de Rankin ( Campanha dos 100 anos da Rolls Royce)

 

 

sobre a relatividade do tempo e a finitude dos espaços dos outros deixados na Partitura dos afectos

 

 

 

 

Jefferson Airplane, Coming back to me ( Álbum Surrealistic Pillow)

 

 

@marinamalheiro

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